domingo, 17 de julho de 2011

Senhor do Silêncio - foi o final sem dizer que era final

Ele correra em minha vida por um tempo mais longo do que uma garota, como eu, podeira suportar. Depois de uns meses de distancia completa, pesava que eu estava curada... Numa tarde de sábado, numa saída de irmãs numa fila a espera da liberação das entradas pra assistir o filme que a muito havia esperado para assistir e vejo um vulto que eu desejava ver e não queria. Mas reparei em algo que fez os meus batimentos correrem mais do que eu esperava. Percebi que o rosto que eu queria ver estava levemente estampado naquele rosto. Mesmo se estivesse a usar óculos não seria o mesmo. O rosto havia ganho um formato estranho, no queixo e nas bochechas... Pobre pensamento o meu! Percebi que buscava alguém que não mais existia, não fisicamente.  
Não sei quanto a personalidade, não sei quanto sua visão externa. A única coisa que eu podia dizer que não o conhecia mais. Mas meus pensamentos, que já estavam num nível superior de adrenalina por expectativa pelo filme, não demoraram muito nele. Minhas irmãs foram falar com eles, provavelmente lorotas ou alguma coisa relacionado ao filme. Não sei ao certo o que senti ao vê-lo novamente. Tão próximo a mim e não ao mesmo tempo, como se algo em mim soubesse que não era legal aproximar mais que 7 metros. Era reconfortante essa distancia. Sabe o que era curioso saber que eu estava indo assistir a um ultimo suposto fim de uma saga, de um filme, e ele aparecer ali e eu sabia que ele havia ido assistir ao mesmo filme. Foi como se algo disse que aquilo era um final sem dizer que era final. Como se alguém interligasse aquilo que eu poderia ver com esse significado. 

Dedico ao Senhor do Silêncio.